Hell is Us: requisitos de PC são divulgados às vésperas do lançamento de setembro

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Mesmo com RTX 4090, 4K fica em 30 fps: o que os requisitos dizem

Surpreendente? Um pouco. A Rogue Factor divulgou os requisitos de PC de Hell is Us e, no topo da cadeia alimentar, o estúdio crava: mesmo com uma GeForce RTX 4090, o alvo é 4K a 30 quadros por segundo no ultra. É uma mensagem clara para segurar expectativas e, ao mesmo tempo, um sinal do peso visual de um projeto feito na Unreal Engine 5.

O game de ação e aventura, publicado pela Nacon, chega em 4 de setembro de 2025 também para PlayStation 5 e Xbox Series X/S. A jornada foi longa: originalmente previsto para 2023, o título sofreu dois anos de adiamento para lapidar o mundo semiaberto e equilibrar desempenho em diferentes máquinas. Agora, com as especificações na mesa, dá para entender o que cada setup entrega.

Os requisitos cobrem três patamares de experiência, sempre com uso de upscaling (como DLSS ou FSR) considerado nas metas de resolução e taxa de quadros:

  • Mínimo (1080p, 30 fps, médio): CPU Intel Core i7-7700K ou AMD Ryzen 3 3300X; 16 GB de RAM; GPU NVIDIA GeForce GTX 1070 (8 GB) ou AMD Radeon RX 5600 XT (6 GB); Windows 10 64-bit; DirectX 12; 30 GB de armazenamento (HDD compatível, SSD recomendado).
  • Recomendado (1080p, 60 fps, alto): CPU Intel Core i7-11700K ou AMD Ryzen 5 7600; 16 GB de RAM; GPU NVIDIA GeForce RTX 2080 Ti (11 GB) ou AMD Radeon RX 6750 XT (12 GB); SSD obrigatório.
  • Topo (4K, 30 fps, ultra): GPU da classe RTX 4090 com upscaling ativo; meta declarada de 30 fps, com ênfase na estabilidade.

Dois detalhes chamam atenção. Primeiro, a memória de vídeo: mesmo no mínimo, pedem 6 a 8 GB de VRAM, o que antecipa texturas mais pesadas e cenários densos. Segundo, o armazenamento: 30 GB parece modesto para um projeto UE5, mas o estúdio condiciona a experiência recomendada ao uso de SSD, tendência que virou padrão na geração atual.

Por que 4K a 30 fps no ultra, então? Jogos na Unreal Engine 5 costumam usar tecnologias como Lumen (iluminação global) e Nanite (geometria virtual), que elevam muito o custo computacional. Some efeitos pesados, alta resolução e texturas no máximo e você tem um pipeline que prioriza fidelidade visual. O upscaling entra como aliado para segurar a nitidez sem esfolar o hardware, mas nem sempre é suficiente para dobrar a taxa de quadros nas configurações extremas.

Vale reforçar: todas as metas listadas consideram upscaling ligado. Isso indica suporte oficial a soluções do tipo (como DLSS, no ecossistema NVIDIA, e FSR, no da AMD). A Rogue Factor preferiu ser transparente e cravar as expectativas publicamente, evitando a frustração de quem imaginaria 4K/60 no ultra em qualquer cenário.

Outro ponto que muda a conversa no PC: o jogo exige controle. Não há suporte a teclado e mouse. É uma decisão de design, alinhada a uma abordagem “console-first”, que vai dividir opiniões entre quem prefere a precisão do mouse e quem já se habituou ao gamepad no computador. Se você não tem um, vale considerar a compra antes do lançamento.

Atrasos, ambição e o que esperar no PC e nos consoles

Atrasos, ambição e o que esperar no PC e nos consoles

O calendário que escorregou de 2023 para 2025 deu à Rogue Factor tempo para acertar ajustes finos de performance e de mundo semiaberto. O estúdio fala em um jogo para adultos, com sangue, violência intensa, nudez parcial, temas sexuais, linguagem forte e uso de drogas. Não é um pacote que costuma vir sem custo de produção: cenários detalhados, personagens complexos e sistemas modernos de iluminação pedem muito da GPU e, às vezes, também da CPU.

No lado do processador, a régua mínima (Core i7-7700K/Ryzen 3 3300X) é amigável para máquinas de alguns anos atrás, e a recomendada (i7-11700K/Ryzen 5 7600) representa o salto para garantir 60 fps em 1080p com qualidade alta. Em outras palavras: se você está em um Core i5 antigo ou um Ryzen de primeira geração, dá para jogar, mas talvez não no conforto dos 60 fps sem concessões gráficas.

A combinação de 16 GB de RAM como padrão em todas as faixas é coerente com o que temos visto em jogos modernos. A boa notícia: quem já atualizou o PC nos últimos cinco anos provavelmente está coberto nessa linha. A má: máquinas com 8 GB ficaram para trás.

Nos consoles, a expectativa é de uma experiência calibrada para a geração atual, com modos de imagem e desempenho que priorizam estabilidade. O estúdio não detalhou perfis específicos para PS5 e Series X/S, mas a meta pública de 30 fps em 4K no PC ultra sugere que fidelidade máxima continuará cara, onde quer que você jogue. É comum vermos opções que trocam resolução por taxa de quadros, então fique de olho nas configurações no dia do lançamento.

No PC, há perguntas ainda sem resposta: versões específicas de DLSS/FSR, suporte a ultrawide, HDR, V-Sync, limiter de fps, VRR, níveis de oclusão e opções de motion blur e granulação. Nada disso foi listado junto com os requisitos. A presença de DirectX 12 é obrigatória, e drivers atualizados vão fazer diferença, especialmente em cenários de shader compilation. Se puder, baixe os drivers “Game Ready” ou equivalentes no dia do lançamento.

Quer se preparar agora? Algumas medidas ajudam:

  • Atualize Windows 10 64-bit e mantenha o DirectX 12 em dia.
  • Instale os drivers mais recentes para sua GPU (NVIDIA/AMD).
  • Garanta espaço livre no SSD; o jogo pede 30 GB, mas reservas extras ajudam nos patches.
  • Desfragmente o HDD se for usá-lo (apesar do SSD recomendado/obrigatório nas faixas superiores).
  • Conecte e teste seu controle; ajuste zonas mortas e vibração no software da sua preferência.

Outro aspecto prático: o foco no SSD explica-se pelo streaming mais agressivo de assets que engines atuais exigem. Texturas e geometria entram e saem de cena o tempo todo. Sem o throughput de um SSD, você pode enfrentar pop-in visível, quedas de taxa de quadros e tempos de carregamento maiores. Em setups recomendados, o estúdio removeu a dúvida: SSD deixou de ser dica e virou exigência.

Sobre a instalação, 30 GB é um número camarada para padrões de 2025. Ainda assim, é comum que jogos cresçam com atualizações, conteúdos e pacotes de texturas. Não há informação sobre pré-carregamento no PC, nem sobre tamanhos de download por plataforma.

Para quem joga em placas populares de gerações recentes (como linhas RTX 20/30 ou RX 6000), o retrato é este: o patamar recomendado aponta para 1080p/60 no alto, com upscaling ativado. Quer mais resolução? Aí entram concessões em qualidade ou taxa de quadros. O mapa de calor dos requisitos sugere que 1440p exigirá escolhas cuidadosas nas opções gráficas, algo que o menu precisa facilitar com presets claros e indicadores de uso de VRAM.

A exigência de controle no PC também levanta uma questão de acessibilidade. Remapeamento amplo de botões, assistências de mira e opções de sensibilidade fina podem reduzir a barreira para jogadores que vêm do teclado e mouse. O estúdio não detalhou a profundidade dessas opções. Sem suporte a mouse e teclado, a ergonomia do gamepad vira peça central da experiência.

Por fim, um lembrete para evitar dores de cabeça no primeiro dia: feche aplicativos que disputem GPU/CPU em segundo plano (captura de vídeo, sobreposições pesadas, navegadores cheios de abas), monitore temperaturas e, se possível, use o modo de energia “Máximo desempenho” quando for jogar. Pequenos ajustes assim ajudam a manter a estabilidade dos 30/60 fps que o estúdio está mirando para cada perfil de hardware.

Com tudo isso, a mensagem que fica é pragmática: os requisitos não vendem ilusão. Há caminho para quem tem um PC mediano curtir em 1080p, e há espetáculo visual para quem mirar o ultra — mesmo que isso, no 4K, signifique conviver com 30 fps para ver o jogo no seu auge gráfico. Se a otimização acompanhar a transparência dos requisitos, a comunidade deve chegar ao dia 4 de setembro sabendo exatamente o que esperar.

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