Sobrevivente de Tragédia Aérea na Coreia do Sul Revela Detalhes do Resgate

22

julho

O que realmente aconteceu no acidente da Jeju Air

A última sexta-feira de 2024 terminou de forma trágica no aeroporto de Muan, Coreia do Sul, após um Boeing 737-800 da Jeju Air, vindo de Bangkok, não conseguir pousar normalmente. Em uma manobra desesperada, o avião tocou a pista de barriga e deslizou até se chocar contra um muro, pegando fogo logo em seguida. Entre os 181 ocupantes, apenas dois saíram vivos: os comissários de bordo Lee, de 33 anos, e Koo (ou Kwon, como surgiram em algumas listas), de 25. Eles estavam sentados na parte traseira, considerada a área menos vulnerável em colisões desse tipo.

As estatísticas não mentem: quem está nos assentos do fundo tem mais chances de escapar em geral. Mas nem sempre o números traduzem a crueldade do destino. Lee está internado na UTI, cheio de fraturas. Ele contou, ainda sob efeito dos remédios, que só recobrou os sentidos depois de já ter sido retirado dos destroços, dizendo à equipe médica: “Quando acordei, já estava salvo.” Apesar do susto, Lee permanece lúcido e sem sinais de perder a memória, mesmo com todo o trauma físico e emocional do episódio.

A vida depois do caos e as próximas etapas da investigação

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Koo, que embarcou na mesma função na cabine, também pode agradecer pela segunda chance, mas se recupera em outro hospital, agora fora de perigo, tratando lesões no tornozelo e na cabeça. Autoridades confirmaram que o impacto violento matou 179 pessoas, tornando esse o acidente aéreo mais letal do país em décadas. A Boeing, fabricante do avião, já foi comunicada e vai colaborar com as autoridades locais, mas por enquanto toda a pressão está sobre a equipe do Conselho de Investigação de Acidentes da Aviação e Ferroviários da Coreia do Sul.

Na mira dos investigadores, pontos técnicos que podem ter feito diferença no resultado: será que os procedimentos de aproximação estavam corretos? Existiam falhas anteriores na estrutura do Boeing? Que papel teve a meteorologia naquele momento? A caixa preta do avião, se encontrada intacta, será fundamental para responder se houve erro humano, falha mecânica ou uma combinação fatal dos dois.

Com a tragédia, a discussão sobre regras de segurança ganha força nos aeroportos e companhias coreanas. Famílias das vítimas pressionam por respostas, enquanto a sociedade coreana acompanha cada notícia, torcendo para que Lee e Koo consigam se recuperar — não apenas dos ferimentos, mas de cicatrizes que demoram ainda mais para curar.

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