Quando Luiz Fernando Pacheco, advogado criminalista e sócio-fundador do Grupo Prerrogativas, foi encontrado inconsciente na Rua Itambé, ninguém imaginava que aquele seria o fim de sua trajetória. O episódio, registrado por câmeras de segurança, revelou um latrocínio brutal que terminou no hospital da capital na madrugada de 2 de outubro de 2025.
Luiz Fernando, 51 anos, tinha fama de ser incansável nos tribunais e, segundo colegas, gostava de descontrair após longas jornadas. Na terça‑feira, 30 de setembro, ele saiu sozinho de um bar da região da Consolação para beber. Amigos receberam, antes de perder o contato, uma mensagem no grupo da família dizendo que teria tomado metanol. Na hora, a preocupação chegou ao ponto de ligações repetidas ao celular, à portaria do prédio e à própria residência.
O que parecia ser um caso de intoxicação virou outra história quando, na manhã de quinta‑feira, 2 de outubro, o corpo foi encontrado na calçada, ainda com o relógio e o celular ausentes. A descoberta de imagens nas câmeras de segurança da esquina entre a Rua Itambé e a Rua Maranhão mudou tudo.
O vídeo mostra Luiz Fernando apoiado num poste, claramente desequilibrado, tentando não cair. Em seguida, um casal — um homem e uma mulher — se aproxima. O homem tenta arrancar o celular com força, dá um soco na cabeça da vítima e, ao cair, o advogado bate o crânio no chão. A mulher auxilia, recolhendo o relógio e outros pertences dos bolsos, antes de fugir correndo.
Esses registros foram analisados pelos investigadores do 4° Distrito Policial da Consolação, que classificaram o crime como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. Uma curiosidade: as imagens também mostraram que o advogado havia saído do bar pouco antes do ataque, o que indica que o agressor pode ter estado vigiando a região.
Na tarde de sexta‑feira, 3 de outubro, a polícia prendeu o casal identificado como Rafael Silva (31) e Carla Mendes (28), além de um terceiro homem, André Costa (34), que teria colaborado no roubo. Todos foram encaminhados ao Polícia Civil de São Paulo para interrogatório.
Os investigadores ainda não descartaram a possibilidade de participação de outros comparsas. O caso segue sendo estudado como crime organizado, porque o roubo foi planejado e executado com rapidez. Até o momento, o laudo preliminar descartou a hipótese de intoxicação por metanol, apontando exclusivamente o trauma craniano como causa da morte.
O falecimento de Luiz Fernando gerou comoção no meio jurídico. Marco Aurélio Carvalho, coordenador‑geral do Grupo Prerrogativas, prestou uma homenagem emocionada: "O Grupo Prerrogativas está de luto. Perdemos um dos nossos sócio‑fundadores, um dos advogados mais brilhantes, generosos e combativos do país."
Carvalho ainda alertou sobre a necessidade de rigor nas investigações, afirmando que a justiça não pode transformar mais esse caso em "um dado estatístico". Advogados de outras bancas comentaram que o incidente evidencia a vulnerabilidade de profissionais que, mesmo fora do tribunal, podem ser alvos de violência urbana.
Além da comoção, o crime reacendeu o debate sobre segurança nas áreas centrais de São Paulo, sobretudo nos bairros com grande fluxo noturno. Organizações de direitos humanos pedem maior presença policial e políticas de prevenção ao latrocínio, que tem crescido nos últimos anos.
Para a família de Luiz Fernando, a perda é irreparável, mas a busca por justiça segue firme. O processo contra os acusados ainda está nos trâmites iniciais, e a comunidade jurídica acompanha de perto cada declaração da polícia e do Ministério Público.
O caso trouxe à luz a vulnerabilidade de advogados que trabalham em bairros movimentados à noite. Sindicatos da classe passaram a cobrar maior patrulhamento e iluminação pública nas áreas de concentração de profissionais, além de programas de orientação sobre segurança pessoal.
O casal identificado como Rafael Silva e Carla Mendes, junto com André Costa, foi preso sob acusação de latrocínio e receptação. Eles responderão pelo homicídio qualificado e roubo, com possibilidade de pena de até 30 anos, conforme o Código Penal brasileiro.
A Polícia Civil analisou as imagens das câmeras de segurança, coletou provas forenses do local e conduziu as prisões. O 4° Distrito Policial da Consolação coordenou a operação, realizou o inquérito preliminar e descartou, até o momento, a hipótese de intoxicação por metanol.
A família foi informada sobre as prisões e recebeu o relatório preliminar que aponta trauma craniano como causa da morte. Eles ainda aguardam o desdobramento judicial e têm pedido que o caso seja tratado com prioridade para evitar impunidade.
Especialistas em segurança urbana alertam que a região, embora valorizada, tem áreas com baixa vigilância à noite. Eles recomendam medidas preventivas como o uso de aplicativos de monitoramento, evitar caminhar sozinho e a presença de câmeras adicionais para dissuadir novos ataques.
É de partir o coração saber que um colega tão dedicado foi arrancado tão brutalmente da vida.
Luiz Fernando dedicava dias e noites ao tribunal, e seu sorriso era quase um farol nas noites de São Paulo.
Esse triste episódio nos lembra que a justiça também precisa de proteção nas ruas.
Que a memória dele inspire a gente a lutar por cidades mais seguras, onde ninguém tenha que temer ao voltar pra casa.
Fica a esperança de que sua luta continue vibrando nos corações de todos nós.
É realmente um choque, né? Nunca imaginamos que um simples rolê de bar poderia acabar num latrocínio tão cruel.
A gente ainda támbem precisa refletir sobre a segurança noturna da cidade.
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