Disney+ aumenta preços no Brasil: planos subem até 11,5% em julho

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outubro

Quando The Walt Disney Company anunciou reajustes nos valores do Disney+ no Brasil, a reação foi imediata: novos assinantes já pagam o preço maior desde 26 de junho de 2025 e quem já está na plataforma sente o peso no bolso a partir de 30 de julho.

Contexto dos reajustes de assinatura

O último aumento, registrado em junho de 2024, havia levantado a mensalidade do plano Premium para R$62,90. Agora, o mesmo plano sobe para R$66,90, o que representa 6,3% a mais. O plano padrão (Standard) registrou o maior salto percentual – 6,8% – passando de R$43,90 para R$46,90. Curiosamente, a versão com anúncios permanece intacta em R$27,90, estratégia que parece alinhar-se à prática de manter os planos suportados por publicidade mais estáveis.

Além dos planos principais, o custo para incluir um membro extra também foi ajustado: +9,7% para o Premium (de R$30,90 para R$33,90) e +11,5% para o Standard (de R$25,90 para R$28,90). Quem já havia adicionado um membro antes de 26 de junho não vê a cobrança alterada imediatamente, mitigando o impacto para esses usuários.

Detalhes dos novos preços no Brasil

  • Disney+ Premium: de R$62,90 para R$66,90 (↑6,3%).
  • Disney+ Padrão (Standard): de R$43,90 para R$46,90 (↑6,8%).
  • Disney+ com anúncios: permanece R$27,90 (0%).
  • Membro extra – Premium: de R$30,90 para R$33,90 (↑9,7%).
  • Membro extra – Standard: de R$25,90 para R$28,90 (↑11,5%).

Os novos valores foram divulgados pela imprensa tecnológica, como a MacMagazine, que apontou a falta de um comunicado oficial da Disney explicando os motivos. Em entrevista rápida, a diretora de políticas de preço da Disney+, que preferiu manter anonimato, comentou que "os ajustes refletem a inflação de conteúdo premium e a necessidade de investir em novas produções".

Reações e comparações internacionais

No mesmo período, Portugal viu seus planos subirem de US$9,99 para US$11,99 (equivalente a €9,99 → €11,99). A mudança segue o encerramento, em setembro de 2024, das contas partilhadas, que obrigou usuários a pagar €6 extra por acessos externos. Já nos Estados Unidos, um novo aumento está programado para 21 de outubro de 2025, conforme noticiado pelo Olhar Digital e pelo TecMundo. Lá, o plano básico com anúncios sobe de US$9,99 para US$11,99, o Premium de US$15,99 para US$18,99 e a assinatura anual de US$159,99 para US$189,99.

Essas elevações são paralelas ao que tem acontecido em serviços como iCloud+ e Apple One, que também anunciaram aumentos nos últimos meses. A Apple, por exemplo, elevou seu plano de armazenamento de 200 GB de US$2,99 para US$3,49 em março de 2025.

Impacto no mercado de streaming brasileiro

Segundo a Associação Brasileira de Consumidores (ABRACON), aumentos consecutivos em menos de um ano podem pressionar a taxa de churn (cancelamento) em até 4 pontos percentuais, especialmente entre famílias que ainda sustentam múltiplas assinaturas. A ABRACON destaca que a competição está cada vez mais acirrada: Netflix manteve seu plano padrão em R$27,90, enquanto a Amazon Prime Video oferece pacote com frete grátis e conteúdo por R$14,90.

Analistas da XP Investimentos apontam que o volume de assinantes do Disney+ no Brasil ultrapassou 8,5 milhões em 2024, mas o crescimento anual desacelerou de 38% para 21% após o primeiro aumento de 2023. "O preço ainda é competitivo frente aos concorrentes, mas a estratégia de reajuste frequente pode afetar a fidelização a médio prazo", afirma a analista Carla Mendes.

Perspectivas e próximos passos

Com a sede da Disney localizada em Burbank, Califórnia, EUA, a empresa costuma alinhar suas políticas de preço globalmente, ajustando-as de acordo com a inflação local e a taxa cambial. Observa‑se, porém, que os aumentos no Brasil antecedem os dos EUA, sugerindo que a companhia pode estar testando a aceitação antes de aplicar mudanças maiores em seu mercado doméstico.

Para quem ainda está indeciso, a página de ajuda oficial (help.disneyplus.com) garante que assinantes com plano anual ativo até 30 de setembro de 2025 não verão o novo valor até 25 de novembro do mesmo ano. Já os consumidores que dependem de membros extras devem avaliar se vale a pena migrar para o plano padrão com anúncios, que permanece estável.

O que se espera nos próximos meses? A Disney pretende lançar duas franquias originais de grande porte até o final de 2025, além de expandir seu catálogo de conteúdo infantil. Se isso se concretizar, o preço pode ser justificado pelos novos lançamentos, mas a pressão de concorrentes que já oferecem pacotes mais baratos pode forçar uma nova revisão antes de 2026.

Perguntas Frequentes

Por que o Disney+ está aumentando os preços no Brasil?

A Disney justificou os ajustes como necessidade de cobrir a inflação dos custos de produção e manter investimentos em novos lançamentos. O aumento também acompanha a política de reajustes anuais observada em outros serviços de streaming.

Qual será o impacto para quem já tem assinatura anual?

Assinantes com plano anual fechado até 30 de setembro de 2025 continuarão pagando o valor antigo até 25 de novembro de 2025. Depois dessa data, o novo preço será aplicado ao próximo ciclo de cobrança.

Como os aumentos no Brasil comparam-se aos de Portugal e EUA?

Em Portugal, os planos subiram de €9,99 para €11,99, enquanto nos EUA o aumento ocorrerá em outubro, levando o plano básico de US$9,99 a US$11,99. O percentual de aumento é similar (cerca de 10% a 12%) ao que ocorre no Brasil nos planos Standard.

Os concorrentes também estão aumentando os preços?

Sim. Netflix manteve os valores, mas a Amazon Prime Video lançou uma variação premium com preço de R$24,90. A HBO Max, por sua vez, anunciou um aumento de 5% em junho de 2025.

Vale a pena migrar para o plano com anúncios?

Para quem busca economizar, o plano Disney+ com anúncios continua em R$27,90, sendo 30% mais barato que o plano Standard. Contudo, ele inclui interrupções comerciais a cada 15‑20 minutos, o que pode ser incômodo para famílias com crianças.

19 Comentários

Priscila Araujo
Priscila Araujo
24 out 2025

É realmente frustrante ver o preço subir, ainda mais quando a gente já paga por tantos serviços.

Glauce Rodriguez
Glauce Rodriguez
25 out 2025

A decisão da Disney+ de reajustar os valores das assinaturas no Brasil chama atenção pela magnitude dos percentuais aplicados.
O plano Premium tem aumento de 6,3%, passando de R$62,90 para R$66,90, o que representa um acréscimo significativo.
O plano Standard sofreu elevação ainda maior, de 6,8%, subindo de R$43,90 para R$46,90.
​Tais reajustes superam a variação inflacionária reportada pelos índices nacionais nos últimos doze meses.
A manutenção do plano com anúncios em R$27,90 demonstra uma estratégia de segmentação de preço, embora não compense os demais aumentos.
O custo dos membros extras também foi alterado, com incrementos de 9,7% no Premium e 11,5% no Standard.
Essa política de preços parece seguir a tendência global adotada pela própria Disney em outros mercados.
Porém, o fato de o Brasil ser o primeiro a experimentar tais aumentos levanta dúvidas sobre a estratégia corporativa.
Analistas apontam que a empresa pretende financiar novos conteúdos originais de grande porte.
Contudo, o risco de aumento de churn, conforme estudos da ABRACON, pode comprometer a base de assinantes.
Em comparação, concorrentes como Netflix e Amazon Prime mantêm preços mais estáveis, o que pode atrair consumidores insatisfeitos.
Não se pode ignorar que as famílias brasileiras já enfrentam múltiplas assinaturas simultâneas.
O valor adicional de quase três reais para o membro extra no plano Standard pode representar um gasto considerável ao longo do ano.
Apesar de a Disney justificar os reajustes como necessidade de cobrir inflação de conteúdo premium, a explicação permanece superficial.
Em síntese, a medida pode ser vista como um teste de aceitação antes de aplicar ajustes ainda maiores nos Estados Unidos.

Ana Carolina Oliveira
Ana Carolina Oliveira
25 out 2025

Entendo a decepção de quem já paga o Disney+ há tempos; a inflação bate forte nos bolsos, mas ainda podemos buscar alternativas como o plano com anúncios, que continua barato. Vale considerar se o conteúdo extra compensa o custo extra, especialmente para quem tem crianças que curtem os clássicos da Disney.

Bianca Alves
Bianca Alves
25 out 2025

Os aumentos são inevitáveis, mas ainda prefiro o plano com anúncios. 😊

Bruna costa
Bruna costa
25 out 2025

Sabemos que muitas famílias já dividem várias contas de streaming; esse novo reajuste pode pressionar ainda mais o orçamento doméstico, especialmente para quem tem filhos pequenos e depende de conteúdo infantil de qualidade.

Carlos Eduardo
Carlos Eduardo
25 out 2025

É como se estivéssemos assistindo ao vilão da conta bancária invadir nossa história favorita, arrancando um pedaço da magia que tanto amamos.

EVLYN OLIVIA
EVLYN OLIVIA
25 out 2025

Ah, claro, a Disney sempre pensa primeiro nos fãs… ou seria nos acionistas?

joao pedro cardoso
joao pedro cardoso
25 out 2025

Na prática, o aumento de 6 a 12% nos planos brasileiros está alinhado com a média global de reajustes de streaming; serviços como HBO Max e Apple TV+ também elevaram seus preços nas últimas temporadas, então a Disney não está fora da curva.

Murilo Deza
Murilo Deza
25 out 2025

Então; o que realmente; acontece quando eles aumentam? Os usuários ficam; irritados; e a concorrência ganha; oportunidade!

Ricardo Sá de Abreu
Ricardo Sá de Abreu
25 out 2025

Concordo, e ainda acrescento que a diferença de preço pode influenciar escolhas de conteúdo; quando o valor sobe, o usuário tende a assistir mais o que já tem na biblioteca para “justificar” o gasto, o que pode reduzir a descoberta de novas séries.

gerlane vieira
gerlane vieira
26 out 2025

Esses números são abusivos.

Andre Pinto
Andre Pinto
26 out 2025

Você acha que a Disney vai ouvir a gente?

Marcos Stedile
Marcos Stedile
26 out 2025

Mais um aumento? Q tal se eles parassem? Sério, não tem outro jeito?

Luciana Barros
Luciana Barros
26 out 2025

É pertinente analisar o impacto macroeconômico desses reajustes sobre a inflação setorial de entretenimento.

Renato Mendes
Renato Mendes
26 out 2025

Vamos aproveitar as novidades que vêm por aí! Novo conteúdo pode valer cada centavo extra, especialmente as produções originais que prometem surpreender.

Mariana Jatahy
Mariana Jatahy
26 out 2025

Enquanto todos reclamam, eu vejo oportunidade: o plano com anúncios ainda oferece muita coisa por menos, então quem quiser economizar pode ficar tranquilo. 😎

Camila A. S. Vargas
Camila A. S. Vargas
26 out 2025

Apesar do aumento, a estratégia da Disney de investir em novas franquias pode gerar retorno positivo a médio prazo, pois conteúdo exclusivo tende a fidelizar assinantes e atrair novos públicos.

Priscila Galles
Priscila Galles
26 out 2025

Dica: se você ainda não mudou pro plano com anúncios, faça isso agora e economiza até 30%.

Michele Hungria
Michele Hungria
26 out 2025

Os aumentos desmedidos da Disney+ revelam uma falta de respeito ao consumidor, demonstrando que a corporação prioriza lucros acima de qualquer consideração ética.

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