Lua crescente nesta terça (02/09): significado e como observar

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O que é a Lua crescente e por que ela importa

A Lua entra em fase crescente quando deixa a Lua nova para trás e caminha rumo à Lua cheia. A cada noite, o pedaço iluminado aumenta, e a borda entre luz e sombra — o chamado terminador — revela montanhas, crateras e vales com um relevo impressionante. É o melhor período para notar detalhes, porque as sombras estão mais marcadas.

Nesta terça-feira, 2 de setembro de 2025, a Lua segue firme nesse ciclo de aumento de brilho. O mês começou com o marco do quarto crescente no dia 31 de agosto, às 3h25. A partir daí, o disco lunar vem ganhando iluminação gradualmente, até chegar à Lua cheia em 7 de setembro, às 15h08.

O relógio do céu gira em um ciclo de cerca de 29,5 dias — o chamado mês sinódico. Em setembro de 2025, as datas principais são:

  • Quarto crescente: 31 de agosto, 3h25
  • Lua cheia: 7 de setembro, 15h08
  • Quarto minguante: 14 de setembro, 7h32
  • Lua nova: 21 de setembro, 16h54
  • Quarto crescente: 29 de setembro, 20h53

Vale uma distinção rápida: tecnicamente, “quarto crescente” é o momento em que a Lua aparece com metade do disco iluminado. Já o período “crescente” é mais amplo e cobre todas as noites entre a Lua nova e a Lua cheia. É nesse intervalo que projetos que pedem constância, paciência e ajustes de rota costumam ganhar tração — não por misticismo, mas porque muita gente usa o calendário lunar como ferramenta de planejamento, da horta à academia.

Setembro ainda traz um tempero raro: dois eclipses no mesmo mês. No dia 7, a Lua cheia coincide com um eclipse lunar. No dia 21, a Lua nova vem com um eclipse solar. A visibilidade depende da região do planeta e do horário local. Quem quiser acompanhar deve checar mapas e previsões da própria cidade; em muitos lugares, o fenômeno é parcial ou ocorre com a Lua ou o Sol abaixo do horizonte.

Se você olha para o céu e quer saber “onde está a Lua?”, uma regra simples ajuda: na fase crescente, ela aparece preferencialmente no começo da noite, voltada para o lado do pôr do sol e se pondo algumas horas depois. O lado iluminado aponta sempre para o Sol. O formato do arco varia com a latitude, então não estranhe se os “chifres” estiverem mais para cima ou para o lado — é assim mesmo.

Como observar nesta terça (02/09) e tirar boas fotos

Não precisa de telescópio. A olho nu já é bonito e, com binóculos simples (7x50 ou 10x50), o espetáculo dobra de tamanho. Foque na faixa do terminador, a linha entre luz e sombra: é onde as sombras realçam crateras e cadeias de montanhas, como os mares Imbrium e Serenitatis, que saltam aos olhos nesta fase.

Melhor janela do dia: de 45 minutos a 2 horas após o pôr do sol. Procure um local com horizonte oeste desobstruído (uma praça, um terraço, a praia). Quanto menos luz artificial, melhor. Uma dica extra: em noites de crescente bem fino, dá para notar a “luz cinérea”, o brilho suave na parte escura do disco, causado pela luz do Sol refletida pela Terra de volta para a Lua.

Fotografia com celular funciona. Algumas dicas práticas:

  • Ative o zoom óptico (2x ou 3x), se o seu aparelho tiver. Evite zoom digital extremo, que só “estica” a imagem.
  • Apoie o celular em uma superfície firme ou use um tripézinho. Toque para focar na Lua e reduza um pouco a exposição para não estourar o brilho.
  • Se o app permitir, tente ISO baixo (50–100) e velocidade rápida (1/250 a 1/1000). Desligue o HDR se a Lua ficar borrada.
  • Inclua referência no quadro — prédio, árvore, poste — para dar escala e driblar a ilusão de ótica que faz a Lua parecer maior no horizonte.

Quer ir além? Um pequeno monocular acoplado ao celular já rende close-ups com boa definição das crateras perto do terminador. Se tiver binóculos, dá para fotografar “no improviso”: encoste a câmera na ocular, alinhe com calma (sem tremer) e dispare com temporizador.

Para quem gosta de planejar, algumas pistas do céu ajudam a não perder a hora. Na fase crescente, a Lua nasce entre o fim da manhã e a tarde, fica visível no entardecer e se põe ainda antes da madrugada. Em termos práticos: é o astro da “golden hour” e do começo da noite. Já a cheia atravessa a madrugada inteira, e a minguante ganha a cena na madrugada e no amanhecer.

E por que tanta gente se guia pela lua crescente? Porque ela marca um período de construção. Agricultores testam semeadura de folhosas nessa janela, pescadores acompanham marés mais regulares na aproximação da cheia, treinadores ajustam cargas de treino respeitando sono e rotina. Não existe receita mágica, mas usar o céu como calendário ajuda a criar rituais e consistência — o que, no mundo real, costuma fazer diferença.

Se o tempo fechar na sua cidade, não desanime. O ciclo é rápido e setembro entrega várias oportunidades — inclusive com os eclipses no dia 7 (lunar) e no dia 21 (solar). Fique de olho na previsão do tempo, planeje um local escuro e anote as datas. A Lua não atrasa: ela passa, todos os dias, no mesmo palco. A gente é que precisa estar lá para ver.

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