O mês de maio começou com uma boa notícia para quem iniciou a graduação em licenciatura: o Ministério da Educação começou a pagar a tão esperada bolsa do programa Pé-de-Meia Licenciaturas. Pela primeira vez, 4.054 estudantes contemplados na chamada inicial do programa passaram a receber o benefício financeiro que garante um alívio no orçamento de quem decidiu encarar a carreira de professor no ensino público.
O dinheiro foi liberado já nesta semana, mas nem todo mundo recebeu no mesmo formato. Para quem já tinha conta no Banco do Brasil, foram feitos depósitos diretos para 1.200 estudantes. Os demais 2.800 tiveram o pagamento agendado para serem creditados em uma poupança social, a partir de 8 de maio. Ao todo, o valor repassado soma R$7,22 milhões, cobrindo os pagamentos referentes a março e abril, já que os repasses estavam acumulados.
Cada premiado recebe mensalmente R$1.050, valor dividido em duas partes: uma parcela de R$700 mensal, livre para uso, e outra de R$350 que funciona como um prêmio guardado em nome do estudante. Esse segundo valor fica acumulado e só pode ser sacado por quem optar por trabalhar na rede pública quando terminar o curso. A ideia é clara: dar aquela força financeira já na graduação e ainda estimular a galera a escolher a sala de aula como verdadeiro lugar de carreira.
Mas não é qualquer estudante que pode entrar nessa. O Pé-de-Meia Licenciaturas mira quem foi aprovado em licenciaturas presenciais por meio do Sisu, do Prouni ou do Fies, e que conseguiu pelo menos 650 pontos no Enem de 2024. A seleção é um baita filtro para garantir que o programa alcance quem já mostrou bom desempenho desde o início da jornada universitária.
O programa está longe de parar por aí. A segunda chamada já está rolando e segue aberta até o dia 19 de dezembro. Os aprovados a cada mês têm os pagamentos liberados assim que as aulas começarem. Quem fica responsável por esse processo todo, desde o cadastro das instituições até o gerenciamento do fluxo de dinheiro, é a CAPES, a mesma que já tem tradição em cuidar das bolsas do país. O acompanhamento por parte da autarquia inclui o cadastro das faculdades no sistema de pagamento de bolsas (SCBA), etapa fundamental para garantir a transparência e evitar atrasos.
Para muita gente que sonha em ser professor, esse programa traz ânimo e reconhecimento. Não é segredo para ninguém que a carreira docente enfrenta desafios e salários baixos, então qualquer ajuda faz diferença — ainda mais para universitários vindos da escola pública ou de famílias com renda apertada. Com a bolsa Pé-de-Meia Licenciaturas, o governo federal busca mudar esse cenário, criando novas oportunidades e, quem sabe, dando um gás extra para que mais jovens vejam a sala de aula com outros olhos.
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